Como parte do plano de migrar a principal listagem das ações para Nasdaq, o Inter já enviou à SEC (U.S. Securities and Exchange Commission), agência reguladora norte-americana similar à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), um documento completo com dados para solicitar permissão para operar nos Estados Unidos da América (EUA). A ida para a bolsa nova-iorquina foi anunciada em novembro deste ano e deve fortalecer posição do Inter como uma companhia global.

Estão relacionados no arquivo encaminhado à comissão americana um resumo de todas as operações do Inter, além de dados de gestão de riscos, números contábeis e operacionais, além do modelo de negócio. O intuito desse “dossiê” é apresentar o Inter ao mercado americano e receber a chancela da agência para começar a ter suas ações negociadas fora do Brasil.

O Inter irá manter suas negociações na B3 em forma de BDRs, mas a expectativa da companhia é que os principais acionistas migrem sua posição para Class A Shares negociadas em Nasdaq.

O aval da SEC é um passo fundamental rumo à confirmação do Inter em Nasdaq. Além da bênção da agência reguladora, uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) com acionistas foi convocada, segundo o Inset mostrou aqui, para o dia 25 deste mês. Está em pauta a reorganização societária, necessária para a migração. Todos os documentos relacionados à AGE estão disponíveis no site de RI (Relação com Investidores).

Reorganização proposta

A proposta de reorganização passa por uma incorporação de ações do Banco Inter por uma holding do Brasil. Esta entregará aos acionistas ações resgatáveis em duas formas: 1) BDRs - recibos de ações estrangeiras da Inter Plataform e negociadas na B3, que podem, que podem ser convertidos em Class A Shares negociadas em Nasdaq na sequência; 2) dinheiro, conforme laudo de avaliação independente, ao valor de R$ 45,84 para cada 3 ações ou 1 unit - opção cash out.

A modulação do processo tem sido feita com assessoria financeira do Bank of America, Bradesco BBI, J.P. Morgan, Itaú BBA e BTG Pactual, com assessoria legal do Machado Meyer Advogados (Belo Horizonte), Cleary - Gottlieb Steen & Hamilton - Estados Unidos (Nova York) e Brasil (São Paulo) e Demarest Advogados (São Paulo).

Com a reformulação, a Inter Platform controlará a instituição no Brasil. Fato relevante com informações sobre a ida à bolsa nova-iorquina pode ser consultado neste link .

Benefícios da migração

O processo de ida a Nova York vai, de acordo com o documento, tornar mais conhecida a operação do Inter e mais comparável a outras instituições financeiras digitais e plataformas de e-commerce globais.

Até porque o Inter, ao longo do tempo, evoluiu seu modelo de negócio do banco digital para um ecossistema com cinco “avenidas”: Day-to-Day Banking, Investimentos, Seguros, Shopping e Crédito.

No fato relevante, o Inter destaca os seguintes pontos positivos para a reorganização e alterção do ambiente de listagem:

- Abertura de novos mercados e acesso a oportunidades apoiando a aceleração dos planos de expansão internacional do grupo, possibilitando a ampliação da base de clientes, serviços e oferta de produtos;

- Maior acesso ao mercado de capitais global via nova listagem com estrutura de capital mais eficiente, permitindo o aumento da capacidade de investimento e crescimento do Inter em todas as linhas de negócio;

- Potencial de expansão e diversificação da base de investidores, aumentando a liquidez do Inter e tornando-a mais atrativa;

- Reposicionamento do Inter, possibilitando participação em futuras oportunidades internacionais de mercado, como aquisição de ativos estratégicos, consolidação e combinações de negócios.

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