Apesar de ser a maior do mundo e ser referência de operações financeiras, a maioria dos brasileiros não conhece o funcionamento da bolsa de valores norte-americana.

Uma das formas mais simples de investir no exterior a partir do Brasil são os BDRs, que já está se tornando popular entre o público investidor.

Mas você sabe o que são os ADRs? Esse artigo irá te ajudar a compreender o que são os American Depositary Receipts e porque eles são importantes. Confira!

O que significa ADR?

ADR significa American Depositary Receipts - ou Recibos Depositários Americanos. Ou seja, eles são recibos que possibilitam empresas estrangeiras participarem das bolsas de valores americanas.

Ela também dá acesso a ações estrangeiras ao investidor americano. Algumas empresas brasileiras possuem ADRs, como a Petrobrás, Vale ou a Gerdau.

Então, para uma empresa brasileira negociar ações na NASDAQ ou na NYSE, não é suficiente estar listada na B3, ela deve também emitir os títulos ADR.

Um DR, ou Depositary Receipt, é um certificado de ações de um país negociada no exterior. Por exemplo, assim como BDRs são ações estrangeiras negociadas no Brasil, ADRs são ações de outros países negociadas nos Estados Unidos.

Os ADRs brasileiros são regulamentados perlo Conselho Monetário Nacional e pela Comissão de Valores Mobiliários, mas muitos outros países emitem ADRs com suas características e determinações próprias, seguindo legislações específicas.

O que é ADR?

Os American Depositary Receipts foram criados na década de 1920, quando a J.P Morgan introduziu as ações da empresa britânica Selfridges no New York Curb Exchange.

Desde então, tornou-se uma prática comum entre as instituições financeiras norte-americanas. Os ADRs precisam ser emitidos pelos bancos americanos para serem negociadas na bolsa.

Dessa forma, investidores dos Estados Unidos conseguem aplicar indiretamente em ações de empresas brasileiras que possuem ADR, assim como brasileiros utilizam BDRs para investir no exterior.

Ter suas ações negociadas em ADR pode no preço e nos dividendos atrelados a ela. Concluindo, ADRs são títulos representativos de empresas do exterior negociadas nas bolsas de valores norte-americanas, negociadas em dólar.

Como funciona?

As ADRs são recibos, portanto, os investidores não negociam as ações diretamente, apenas os títulos que as representam.

As ações que dão lastro para as ADRs são mantidas em uma instituição custodiante no país de origem e uma instituição financeira depositária as emite nos Estados Unidos.

O processo segue o seguinte fluxo:

Uma instituição depositária compra as ações, a instituição custodiante mantém os papéis bloqueados no país originário e a depositária finalmente faz a emissão dos recibos para os investidores.

Os benefícios do ADR para investidores são iguais aos de quem investe na ação de origem.

Quais são os tipos de ADR?

  • Nível 1: Encontradas em mercado de balcão por preços mais acessíveis e com requisitos mais flexíveis, essas ADRs são de empresas estrangeiras que não possuem as qualificações necessárias para serem listadas na bolsa.
  • Nível 2: São os ADRs listados na NASDAQ, com exigências superiores e níveis de segurança mais alto no SEC (Securities and Exchange Comission), além de volumes de trade mais altos.
  • Nível 3: São os mais requisitados entre os ADRs. Atingidos quando uma empresa faz um lançamento de oferta pública na bolsa norte-americana e tem mais visibilidade e investimento de capital em dólar.
  • Patrocinado: ADRs emitidos em parceria de uma empresa local com uma empresa sediada nos Estados Unidos. É necessário um contrato com a própria instituição emissora. São listados na NASDAQ e na NYSE e são mais seguros para investimento.
  • Não-patrocinados: Emitidos de forma autônoma por corretoras ou instituições que desejam negociar nos Estados Unidos. Porém, não são listadas nas bolsas de valores.

Qual a diferença entre ADR e BDR?

Tanto ADR quanto BDR são Depositary Receipts e operam da mesma forma. Ou seja, ambos são recibos de ações estrangeiras negociados em bolsas locais, seja ADRs nos Estados Unidos ou BDRs no Brasil.

Enquanto BDRs são negociados em real pela B3, ADRs são negociadas em dólares pela NASDAQ e NYSE.

Vantagens e Desvantagens de investir em ADR

Os investidores americanos têm vantagem em investir em ADRs principalmente por diversificar a carteira com ações de outros países ainda operando nos Estados Unidos e em dólares.

Assim, eles não precisam abrir contas em corretoras internacionais nem se preocuparem com taxas cambiais. Essas vantagens diminuem a burocracia para ter uma carteira de investimentos diversificada.

Outro fator positivo é a necessidade das empresas que emitem ADRs se adequarem aos padrões de segurança dos Estados Unidos. Assim, todo o investimento em ADR é assegurado da mesma forma que outras ações negociadas na bolsa.

Para uma empresa nacional, uma desvantagem do ADR são os custos operacionais, que podem ser altos, já que ela deve operar em dólar. Ou seja, uma moeda mais valorizada do que o real.

O ponto positivo é estar exposta ao maior mercado de ações do mundo e um número maior de investidores.

Finalmente, para o investidor brasileiro, operar em dólar é ao vantajoso pelos dividendos, mas pode ser uma desvantagem quando se considera as taxas e custos da operação.

Além disso, como está investindo em um recibo, não tem acesso direto a ação.

Como investir em ADR?

Para o investidor americano, o processo é o mesmo de comprar um título emitido por empresas americanas.

Mas investidores brasileiros também podem comprar ações estrangeiras pela bolsa norte-americana. Basta ter conta em um banco ou corretora que opera no mercado de ações norte-americano.

Portanto, você precisa ter conta em uma instituição financeira e enviar dinheiro do Brasil para os Estados Unidos, se atentando para as taxas cambiais e as taxas que poderão ser atreladas à operação.

Com a conta em uma instituição norte-americana, não é necessário abrir uma terceira conta para operar as ADRs de um país emissor, basta comprar os títulos na própria bolsa em dólar.

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Thiago Henrique GomesAnalista de Conteúdo

Interessado em tecnologia, investimentos e cripto.

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