Lendo sobre finanças você já deve ter se deparado com o termo renda passiva muitas vezes equiparado com a ideia de “ganhar dinheiro sem trabalhar”.

Só que na prática não funciona bem assim!

A seguir, a gente se aprofunda mais no conceito de renda passiva e mostra possíveis caminhos para você aumentar seu patrimônio sem, necessariamente, aumentar o esforço.

Renda passiva: o conceito

De acordo com o dicionário passivo é tudo aquilo que sofre ou é objeto de uma ação, muitas vezes sem demonstrar reação.

A partir dessa definição, podemos dizer que a renda passiva é todo dinheiro que entra na conta sem que a pessoa tenha que trabalhar de forma contínua por ele, como os rendimentos de uma aplicação ou o aluguel de um imóvel, por exemplo.

Isso não quer dizer que a renda passiva não demande um certo trabalho, afinal, você ainda precisará escolher os melhores investimentos, monitorar a performance de suas aplicações e fazer movimentações quando necessário.

Renda passiva com capital x Renda passiva sem capital

No tópico anterior falamos dos investimentos e do aluguel, e eles exemplificam bem os dois tipos de renda passiva que existem: a renda passiva com capital e a renda passiva sem capital.

Na renda passiva com capital, você usa seu dinheiro como forma de atrair mais proventos, o famoso: “fazer o dinheiro trabalhar por você”. Se enquadram aqui todas as aplicações financeiras sejam elas de renda fixa ou variável.

Já a renda passiva sem capital é aquela renda vinda de pagamentos de terceiros como pensões, aluguel, direitos autorais, herança, entre outros.

Dá para viver de renda passiva?

A ideia de viver de renda passiva é atrativa, mas pouco plausível a curto prazo. A menos que você já tenha um grande patrimônio investido.

Para a maioria dos brasileiros, o caminho a percorrer é bem mais longo.

Antes de mais nada, será preciso ter um orçamento familiar robusto e bem estruturado que te permita pagar as contas e ainda guardar dinheiro. Veja dicas para construir o seu.  

Além do dinheiro, você precisa identificar qual é seu perfil de investidor. Já que a maioria dos investimentos seguros do mercado oferece menor rentabilidade, para aumentar seu patrimônio será necessário assumir alguns riscos e ter conhecimento sobre variáveis econômicas e de mercado.

Então, de forma resumida: a renda passiva é possível, desde que seja um complemento da renda obtida com seu trabalho ou outras atividades.

A seguir, nós compartilhamos alguns investimentos que podem te ajudar a obter renda passiva:

Previdência Privada

A aposentadoria paga pelo INSS é bancada pelas contribuições dos trabalhadores que estão na ativa e, com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, essa pirâmide está ficando cada vez mais desequilibrada.

Um investimento que muitas pessoas buscam para não dependerem da seguridade social e terem uma aposentadoria mais tranquila é a Previdência Privada

Através dela, você faz uma contribuição mensal, de acordo com o plano contratado, e no vencimento da aplicação tem a opção de sacar o valor em sua totalidade ou de receber a quantia de forma fracionada.

Fundos Imobiliários

O mercado imobiliário sempre atraiu atenção de uma parcela de investidores, mas nem todos têm o capital disponível para comprar um apartamento ou um lote para obter a renda passiva.

Nesses casos os Fundos Imobiliários são uma ótima alternativa. Por meio deles, várias pessoas “se reúnem” e investem em conjunto, inicialmente por meio de uma oferta pública. Com esse capital a gestora investe em oportunidades do setor imobiliário, ex: shoppings, escritórios e galpões logísticos.

Cada “condômino” tem direito a uma pequena parcela desses empreendimentos, que são chamadas de cotas. E como os fundos já contam com uma diversificação, seu dinheiro fica mais protegido do que se estivesse alocado inteiramente em apenas um imóvel.

Fundos de Fundos (FoFs)

Como o próprio nome já diz, os FoFs são fundos de investimento formados por cotas de outros fundos. Com eles, você multiplica a diversificação que já é clássica dos Fundos de Investimento, conta com uma gestão profissional e ainda pode aplicar em ativos que talvez, sozinho, não teria acesso.

Ou seja, dá para investir em ativos de qualidade com menos dinheiro.

Debêntures

Debêntures são títulos privados emitidos por empresas, que permitem que investidores “emprestem” dinheiro para a companhia emissora, em troca de rendimentos.

Apesar de serem emitidas pela iniciativa privada, elas se enquadram na categoria de Renda Fixa, devido ao seu formato de remuneração: ao investir, já dá para saber por quanto tempo o dinheiro ficará aplicado e quanto será pago em juros.

A previsibilidade de um produto de Renda Fixa, mas com maior rentabilidade: o melhor dos dois mundos, não é mesmo?

Papéis indexados pela inflação

Ao longo do texto, você deve ter percebido que evitamos citar os títulos de renda fixa como uma alternativa para a construção de uma renda passiva.

O motivo para isso é que essas aplicações oferecem menor rentabilidade quando comparadas com outros perfis de investimento, e vem sofrendo desvalorizações por causa das quedas consecutivas da Selic

Mas, mesmo os perfis mais arrojados de investidores devem ter títulos de Renda Fixa em suas carteiras, de preferência aqueles indexados pela inflação. O motivo? Esses ativos garantem que você não perca poder de compra ao longo do tempo e ainda tenha um ganho real se mantidos até o vencimento.

Falamos sobre as diferenças entre títulos Pré, pós-fixados ou indexados nesse artigo aqui. 

Paciência + constância

Seja qual for a via escolhida por você para construir a renda passiva, será preciso paciência e constância para colher os primeiros resultados. Muitos analistas aconselham no mínimo 5 anos para um ativo financeiro performar.

Uma dica importante para “esquecer” que aquele dinheiro existe é aplicar parte do patrimônio juntado, o equivalente a seis meses de renda, em investimentos de alta liquidez como CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro Direto

Essa reserva te dará segurança para manter as aplicações mais atrativas à longo prazo.

E lembre-se: para que o dinheiro realmente “trabalhe por você”, os aportes devem ser feitos de maneira recorrente e escalonável, pois a maioria dos investimentos que citamos aqui têm rendimentos atrelados aos juros.

Para saber mais sobre o assunto, siga o perfil @interinvest no Twitter e ouça os podcasts do Inter Invest nas principais plataformas de áudio. Diariamente, atualizamos esses canais para que você possa tomar decisões de investimento baseadas em dados.

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Ana Cecilia NogueiraAnalista de Conteúdo e CRM

Jornalista que se descobriu no marketing digital.

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