Antes de investir o dinheiro, a maioria das pessoas ainda enfrenta um desafio muito maior: aprender a poupar.

E existem dois motivos principais para isso:

  1. As pessoas não são ensinadas ou nem veem valor em poupar dinheiro; 
  2. A renda da maioria das famílias brasileiras não permite poupar.

Nesse post, vamos falar um pouco mais sobre os dois principais vilões e compartilhar algumas dicas para você criar um orçamento familiar que te permita pagar as contas em dia e ainda realizar alguns sonhos, com direito a uma surpresa no final!

Os vilões da economia

Como já demos spoiler no início do texto existem dois grandes vilões do orçamento familiar.

De um lado, temos fatores culturais: não fomos somos ensinados a poupar, e isso se deve também a nossa história econômica recente. No início da década de 90 muitas famílias sofreram com a inflação alta e com o confisco da poupança. Ambos os acontecimentos contribuíram para que as pessoas não desenvolvessem uma mentalidade de longo prazo sobre o dinheiro.

Para além dos hábitos, existe um outro grande inimigo do planejamento financeiro: a renda média do brasileiro não permite que a maioria das famílias poupem. Em 2020, um estudo do IBGE mostrou que metade da população vive com apenas R$438 mensais, o equivalente a R$15 reais por dia. Considerando os gastos com moradia, alimentação, transporte e impostos, nem é preciso ir longe para ver que a conta não fecha.

Antes de mais nada, você precisará identificar em qual grupo você se encaixa, para depois ver quais medidas podem ser adotadas no dia a dia a dia seu e de sua família.

Primeiro passo: contabilize os gastos

O orçamento familiar/doméstico é um compilado da receita e dos gastos de sua família ao longo do mês. A partir dele é possível visualizar quanto que “sobra” de dinheiro seja para guardar ou aplicar. Por isso, o primeiro passo é levantar todas as despesas do núcleo familiar, separando-as por gastos fixos e pontuais.

Exemplos de gastos fixos: aluguel, água, luz, telefone, internet, mensalidade escolar, plano de saúde, ou seja, todos os serviços que você paga todos os meses e que tenham um valor fixo ou fácil de determinar. Exemplos de gastos pontuais: compras parceladas em geral, presentes, ou tudo aquilo que você vai gastar só uma vez ou tem um prazo determinado para acabar de pagar.

A etapa de levantamento costuma levar mais tempo, já que existem diferentes tamanhos de família. Muitas vezes várias pessoas da casa trabalham, mas nem todas contribuem para as contas, então, o orçamento precisa contemplar os gastos comuns a todos os integrantes, mas a receita só de quem paga. 

Use a Bússola para controlar os gastos

Pata tornar a tarefa de contabilizar os gastos mais simples use a Bússola, ferramenta de controle de orçamento do Super App. Com ela, você tem uma visão completa das entradas e saídas, organiza suas compras por categoria e pode visualizar gráficos das suas finanças.

Uma dica para facilitar ainda mais o controle das despesas é concentrar todos seus ganhos e gastos em um só lugar. Fazendo a Portabilidade de Salário para o Inter, além de aproveitar as vantagens da Bússola, você aproveita todos os benefícios que só o nosso Super App pode oferecer.

Segundo passo: organize as informações

Existem várias maneiras de organizar as informações compiladas: planilha, aplicativos e até mesmo uma folha de papel. O importante aqui é escolher o método mais fácil de atualizar e garantir que todos os integrantes da família tenham acesso ao documento.

E aqui vai uma dica importante: muitos pais e mães optam por não envolver os filhos no orçamento familiar, mas a gente acha que você deveria fazer diferente! Mostrar os gastos da família é importante para que todas aprendam o valor do dinheiro e até para que eles entendam quando for preciso cortar algum gasto supérfluo.

Veja dicas de 5 aplicativos de controle financeiro para ter no celular. 

Terceiro passo: identifique gastos que podem ser cortados

Quando estiver levantando os gastos de sua casa é preciso ter atenção redobrada para identificar aqueles gastos que podem ser cortados ou reduzidos. Primeiro, divida o valor do produto ou serviço pelo número de vezes que você o utiliza. Uma mensalidade de R$30 pode parecer barata, mas se você nem usa o serviço a mensalidade passa a ser cara e, portanto, é um valor que pode ser cortado do seu orçamento.

Outra ideia que pode ajudar é centralizar os gastos com aplicativos em um único cartão e estabelecer um limite menor para ele. Isso te fará pensar duas vezes na hora de pedir um delivery ou uma corrida de aplicativo para um lugar que você poderia ir a pé.

Confira outros pensamentos que podem atrapalhar sua vida financeira e como eliminá-los. 

Quarto passo: crie metas para o seu dinheiro

Comprar uma casa, um carro, viajar ou pagar dívidas.Juntar dinheiro pode se tornar uma tarefa mais fácil a partir do momento que você definir uma meta para ele. Sem contar que é muito mais fácil envolver e motivar os familiares quando eles souberem que todo mundo receberá algo em troca pela economia.

Nessa hora é preciso ser realista para não se comprometer com algo que não consegue cumprir. E se seu orçamento não comporta um objetivo de longo prazo, que tal começar com pouco? No Desafio 52 semanas, por exemplo, você aprende como poupar quase R$7000 em um ano, começando com apenas R$5.

Quinto passo: busque serviços mais baratos

Alguns serviços que você usa em casa têm mais de um fornecedor, ex: internet, telefone (fixo e celular). Isso significa mais uma chance de economizar!

Na hora de contratar qualquer um deles faça uma pesquisa ampla de preços para escolher a opção mais barata, e no caso de contratos mais longos, você sempre pode entrar em contato com a empresa para saber se ela tem alguma condição especial para oferecer.

Sexto passo: fique em dia com as dívidas

Uma das principais consequências da falta de planejamento financeiro são as dívidas, principalmente de juros rotativos que são aquelas do cartão de crédito e cheque especial, que podem se multiplicar em um curto espaço de tempo.

Em nosso blog te mostramos como ficar em dia com seus pagamentos e ter um bom score de crédito

Sétimo passo: aumente sua receita

Nos tópicos anteriores focamos em dicas para deixar seu orçamento mais enxuto, mas a gente sabe que nem sempre isso resolve o problema. Por isso, também é importante pensar em alternativas para aumentar a receita da família

Para as pessoas que já tem um trabalho de carteira assinada e que a atividade permita trabalhar online, uma sugestão é oferecer serviços pela internet, de consultoria, de conteúdo ou atividades relacionadas.Se você é um contador, por exemplo, pode cobrar para ajudar pessoas com suas declarações de Imposto de Renda no início do ano. Tem uma vaga extra de garagem ou um quarto sobrando na casa? Que tal alugá-los?

Oitavo passo: invista o dinheiro juntado

Se você cumprir os passos anteriores, com o tempo terá conseguido juntar algum dinheiro, então, o próximo passo é aplicá-lo para render mais!

Supondo que você esteja dando os primeiros passos e tenha um patrimônio pequeno, priorize as aplicações de Renda Fixa que não tragam riscos, mas, ao mesmo tempo, oferecem alguma rentabilidade, como: CDB, LCI e LCA. 

Recapitulando

Os passos para criar seu primeiro orçamento são:

  1. Contabilize os gastos;
  2. Organize as informações;
  3. Identifique os gastos que podem ser cortados;
  4. Crie metas para seu dinheiro;
  5. Busque opções mais baratas para os serviços que utiliza;
  6. Fique em dia com as dívidas;
  7. Aumente sua receita;
  8. Invista o dinheiro juntado.

E lembre-se: seu trabalho não acaba aqui. 

Pense em seu orçamento com um documento vivo. Revisite suas metas e faça ajustes sempre que for necessário.

Para te ajudar, preparamos um planner para seu orçamento. Fique à vontade para baixar a planilha e preenchê-la com suas informações.

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