De acordo com números divulgados em julho de 2021 pelo Banco Central, os bens dos brasileiros no exterior cresceram importantes US$ 29,166 bilhões em 2020. O montante elevou o total de ativos lá fora para US$ 558,387 bilhões ao final do ano passado.

A maior parte desse patrimônio está aplicada em participações de empresas, mas os brasileiros também tem um montante considerável aplicado em investimentos diretos: como títulos de renda fixa internacionais, derivativos e BDRs.

Mas será que investir fora do país vale a pena? Como esses investimentos são feitos? Quais são os riscos? Continue a leitura para descobrir.

De onde vem os dados?

Os dados divulgados pelo Banco Central são o resultado das declarações de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), documentos obrigatórios para quem tem o equivalente a pelo menos US$ 1 milhão fora do país.

Estes capitais são referentes aos valores de qualquer natureza mantidos no exterior tanto por pessoas físicas quanto por empresas residentes no Brasil. Podem ser bens, direitos, instrumentos financeiros, disponibilidades em moedas estrangeiras, depósitos, imóveis, participações em empresas, ações, títulos e créditos comerciais.

Como os ativos estão distribuídos?

Dos US$ 558,387 bilhões em bens no exterior, no final de 2020:

  • US$ 448 bilhões, (cerca de 80%) está aplicada em participação em empresas;
  • US$ 7,380 bilhões estão em aplicações em imóveis;
  • US$ 32,481 bilhões estão em “moeda ou depósitos";
  • O restante se encontra nas aplicações financeiras em ações, BDR's, em títulos de renda fixa no exterior e em derivativos.

Por que investir fora do país?

Para Gabriela Joubert, Gerente Executiva de Equity Research do Inter, esse tipo de investimento é interessante pois possibilita diversificar ainda mais a carteira, não apenas no aspecto do risco país, uma vez que você muda do risco Brasil para outro risco soberano, mas também no âmbito setorial, já que existe a possibilidade de investir em setores não tão relevantes por aqui, como farmacêuticas, por exemplo.

Como investir?

Existe a possibilidade de investir diretamente em outro país por meio de uma conta aberta fora do Brasil, mas a burocracia ainda limita um pouco. Segundo Gabriela, o jeito mais fácil é por meio de BDRs, que são recibos de empresas negociadas fora da B3 e que funcionam como papéis de empresas estrangeiras. Investir em BDRs é como investir em ações, por exemplo, da Apple, Google, Facebook.

Outra forma de investimento é por meio de ETFs. Neste caso, a opção fica ainda mais ampla. Existem ETFs setoriais, que replicam índices estrangeiros, como Nasdaq, Dow Jones, ETFs do setor de Tecnologia, ou com exposição ao ouro, enfim, uma gama bem interessante de oportunidades. 

Fique ligado! Toda segunda-feira, o Inter dispara para os clientes um Guia de BDRs e ETFs.

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Riscos e cuidados ao investir no exterior

Tenha em mente: para qualquer investimento é preciso avaliar a relação risco x retorno. No caso dos investimentos fora do país, tanto BDRs quanto ETFs, é fundamental avaliar a variação cambial, que pode fazer com que os investimentos oscilem bastante.

Considere também o seu perfil de investidor e estude antes os setores. Se precisar de ajuda, acione especialistas no assunto. Não arrisque sozinho sem preparo.

Por fim, faça uma análise cuidadosa do ambiente em que a empresa que você vai investir está inserida. Verifique expectativas com relação aos seus resultados futuros, legislação, perspectivas econômicas, riscos, como a administração é vista, se existe algum processo judicial. 

Além disso, é bom checar se o produto/serviço está se tornando obsoleto, se as receitas estão evoluindo, os custos e despesas andam sobre controle, se as margens expandem, enfim, uma série de indicadores para que a decisão esteja o mais bem fundamentada possível. 

As soluções do Inter para quem quer investir fora

Com a desvalorização do real comparado ao dólar, os BDRs tornaram-se mais atrativos para os investidores brasileiros por unirem a oportunidade de investir em uma empresa estrangeira com a possibilidade de obter maior rentabilidade, a depender da influência do mercado e da variação do câmbio.

Pensando nisso, a Inter Asset lançou um fundo de ações internacionais, o Inter Carteira Global FIA BDR Nível I, inspirado na carteira de BDRs da nossa equipe de Research.

Um fundo com processos rígidos e criteriosos de seleção de ativos e diversificação de investimentos que simplifica não só a tomada de decisão, mas o aspecto tributário. Quer entender melhor e fazer parte desse time? Clique aqui

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